‘Jamais estamos vivendo uma estação de migrações maciças’, assegura o sociológo Hein de Haas

Único cayuco da Mauritânia com 78 migrantes a bordo chega ao porto de La Restiga, na ilhota canária de El Hierro, posteriormente ser resgatado por uno barco de livramento no arquipélago hispânico das Ilhas Canárias
Antonio Sempere
Ao oposto do que dizem cada turno mais políticos, o orbe atual nunca está passando por uno tempo de movimentos migratórios em tamanho, afirma categoricamente o sociólogo e geógrafo holandês Hein de Haas.
Responsável de The Myths of Immigration (Editorial Península, 2024) e formador da Universidade de Amsterdã, ele igualmente é uno dos fundadores do International Migration Institute (IMI), com anelo em Oxford.
Em uma entrevista à AFP, ele desmascara uma sucessão de lugares-comuns difundidos por muitos políticos nos Estados Unidos e na Europa.
P: Você articulação a cerca de os “mitos” políticos que cercam a imigração, em tal grau à dextra quanto à esquerda. Quais são eles?
R: Provavelmente o lenda mais disperso é o de que estamos vivendo em uno tempo de transmigração em tamanho, que é essencialmente causado pela necessidade, fúria e fome humana. E que essas migrações chegaram a tal objecto que ameaçam o aplicação, os afazeres sociais, a estabilidade e a identidade de nossas sociedades.
Na verdade, a graduação desses movimentos é menor do que pensamos. Os migrantes representam tapume de 3,4% da população mundial, e essa porcentagem nunca mudou bem nas últimas décadas.
Os refugiados são responsáveis por 10% de todos os migrantes internacionais, ou 0,35% da população mundial. E, excepto algumas flutuações de lacónico prazo, essa intensidade permanece relativamente regular.
Entrementes, os políticos geralmente extrapolam os aumentos de lacónico prazo nas chegadas de refugiados e migrantes e insinuam que isso pressagia uma irrupção futura.
A necessário rudimento da imigração nunca é a necessidade ou a fúria nos países de nascimento. Lã oposto, o fenômeno aumenta à craveira que os países pobres se tornam mais ricos, porque a transmigração custa verba e exige avidez. Na verdade, a necessário rudimento da transmigração é a carência de mão de feito nos países de desígnio.
Então, a transmigração nunca é “sofrida” porquê muitos políticos acreditam, todavia positivo “escolhida”.
P: Quem lucra com esses mitos?
R: Os políticos que os propagam e reciclam. A imigração serve porquê o cabrão expiatório ideal para o insatisfação civil (desigualdades crescentes, instabilidade no aplicação, carência de mansão ingénuo, erosão dos afazeres públicos…).
Na verdade, esses problemas foram causados mormente pelas políticas econômicas neoliberais, que, por exemplo, reduziram os impostos para os ricos, cortaram a proteção dos trabalhadores, corroeram os afazeres públicos e negligenciaram a morada civil.
A segunda incumbência política do “lenda da irrupção” é mobilizar o fraqueza e o repugnância de determinados grupos de migrantes e minorias.
Ao alegar a imigração porquê uma ameaço existencial, os discursos xenófobos exploram nossos medos mais profundos e permitem que certos políticos se apresentem porquê defensores de seu turba contra o opoente exótico.
P: Porquê você descreveria as tendências de transmigração na Europa a partir de a viradela do cem?
R: No lacónico prazo, há flutuações intimamente ligadas aos ciclos econômicos.
Posteriormente a crise financeira de 2008, a transmigração para a Europa diminuiu por vários anos.
Entrementes, posteriormente a crise da covid, a carência de mão de feito sem precedentes levou a uno acréscimo da transmigração lítico e clandestino para a América do Setentrião e a Europa Ocidental.
Os fluxos de refugiados têm sido altamente irregulares, com picos temporários quando há guerras próximas à Europa Ocidental, porquê foi o acontecimento da Síria a começar de 2015 e da Ucrânia a começar de 2022.
No entanto, vistos em extenso prazo, esses movimentos de refugiados são menos massivos do que se acredita.
Na Europa, o que francamente aumentou a partir de 2000 foi a imigração relacionada à mão de feito. O envelhecimento da população, ajustado com uno acréscimo nos níveis educacionais, levou a uno acréscimo no algarismo de empregos considerados precários, que os trabalhadores da Europa Ocidental nunca estão mais dispostos ou nunca são capazes de executar, em setores porquê cultura, construção, catering, entrega em habitação ou higiene.